Um pouco da Literatura Inglesa

Um pouco da Literatura Inglesa

        Na Inglaterra do século XVIII, a Literatura era todo o conjunto de obras valorizadas pela sociedade: filosofia, história, cartas, ensaios e poemas. Todavia era considerado literatura apenas o que fosse “gosto" dos mais ricos. O romance popular, a música cantada nas ruas não eram considerados literatura.

Com a vinda de uma guerra civil em que as classes sociais começaram a brigar, a Inglaterra tinha o propósito de unir a classe dominante às classes burguesas.

Nas últimas décadas do século XVIII que definiu o que era escrita imaginativa e o que não era. A imaginação passa a ter outra conotação, além de ser a capacidade de produzir ficção, torna-se símbolo de inventividade e de uma natureza visionária.

        Na América e na França, caem os regimes feudais pela insurreição da classe média, com as revoluções que levaram á independência americana. A Inglaterra mesmo monárquica, torna-se a primeira nação industrial e capitalista do mundo. No Romantismo o espírito visionário e idealista choca-se com a realidade que oprime a classe operária e sofre a repressão política dos governantes.

Com o mundo sendo mecanizado, os românticos preservam a escrita imaginativa, no intuito de combater o colonialismo. A poesia passa a ter implicações políticas e sociais, pois representava uma resistência aos valores capitalistas. Os poetas com Blake e Shelley assumem a tarefa de transformar a sociedade pela arte. Mas a literatura não encontrou lugar nos movimentos sociais que poderiam ajudar a transformar o capitalismo industrial em uma sociedade mais justa.

A literatura passou a buscar um fim em si mesma, discorrendo sobre a essência da arte, a filosofia do objeto estético e outras discussões que a distanciavam das relações sociais e dos significados ideológicos. Foram desta época as obras dos filósofos Kant, Hegel, Schiller e Coleridje.

Mais adiante, com a falência da religião diante do cientificismo do século XIX, a literatura passou a ter uma posição diferente, que é pacificar as classes.

Anos mais tarde, era considerada muito adequada para as mulheres e para os homens que desejassem ser professores. No século XIX, houve críticas, as classes ricas inglesas, pois o objetivo da literatura é olhar para os problemas sociais e ideológicos, com ironia.

         A literatura inglesa também foi usada na Primeira Guerra Mundial, com o objetivo de afirmar os valores nacionais. Para entrar no serviço público, existia um exame de literatura que garantia que os servidores conhecessem seus tesouros culturais e avançar pelo mundo com o imperialismo britânico. Já em l990 os estudos literário foi desvinculado de uma manipulação ideológica e passaram a estudar não apenas a classe rica, mas os intelectuais vindos da classe operária. Ao contrário da busca brasileira, por uma identidade: a busca inglesa se deu por uma autonomia ideológica, acadêmica e política.

Fonte: ROCHA, Flávia Aninger de Barros. Teoria Literária em língua inglesa e língua materna. Salvador: Coordenação UAB / UNEB, 2012. 2ª edição.