quinta-feira, 3 de maio de 2012

O Índio







Comemoramos todos os anos, no dia 19 de Abril, o Dia do Índio. Esta data comemorativa foi criada em 1943 pelo presidente Getúlio Vargas, através do decreto lei número 5.540. Alguns autores, cantores, por meio de textos, poemas, vídeos, pinturas, esculturas,  músicas descrevem  o índio ao longo da história...

         O romance  Iracema é um exemplo,  é  uma lenda criada por Alencar, considerado romântico da fase indianista aborda a história de amor entre Martim que se perdeu na mata e a índia Iracema, também denominada no romance como a virgem dos lábios de mel. O livro fala do amor, da natureza , da bravura selvagem, da lealdade do índio ... Elementos encontrados também em outras obras do autor como : O Guarani e posteriormente em Ubirajara.
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Trechos do Romance - Iracema


“Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seuhálito perfumado.
Mais rápida que a corça selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, ondecampeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisavaapenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.
Um dia, ao pino do Sol, ela repousava em um claro da floresta. Banhava-lhe o corpo a sombrada oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite. Os ramos da acácia silvestre esparziam floressobre os úmidos cabelos. Escondidos na folhagem os pássaros ameigavam o canto.
Iracema saiu do banho: o aljôfar d’água ainda a roreja, como à doce mangaba que corou emmanhã de chuva. Enquanto repousa, empluma das penas do gará as flechas de seu arco, econcerta com o sabiá da mata, pousado no galho próximo, o canto agreste.

A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto dela. Às vezes sobe aos ramos daárvore e de lá chama a virgem pelo nome; outras remexe o uru de palha matizada, onde traz aselvagem seus perfumes, os alvos fios do crautá, as agulhas da juçara com que tece a renda, e astintas de que matiza o algodão."

REFERÊNCIA
ALENCAR, José de. Iracema . Disponível em << http://pt.scribd.com/doc/3002787/Livro-Iracema-de-Jose-de-Alencar>>  Acesso em : 30/04/12

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Vários cantores cada um no seu estilo musical( rock, romântico, hip hop...)relembram nossos índios


"Cara de Índio" de Djavan -  "Nessa terra tudo dá/ terra de índio/ Nessa terra tudo dá/ não para o índio"

"Um Índio" de Caetano Veloso -"Um índio preservado em pleno corpo físico/Em todo sólido, todo gás e todo líquido/Em átomos, palavras, alma, cor, em gesto e cheiro..."

"Hollywood", de Chico Buarque: "Ói nós aqui/ Ói nós aqui/ Tem de tudo/ Nessa Hollywood/ Vi um índio/ Cheio de saúde..."

"Índio", do Farofa Carioca - "Boto, tamanduá, cocar, sucuri, cucu/Jacarandá, anta, cajá, curumim, arara/ Jaguatirica, mandioca, de boi, jacaré, vitória régia (Tim Maia!)"

"Um Sonho  de Gilberto Gil: "Os estudantes/ E operários que passavam/Davam risada e gritavam: 'Viva o índio do Xingu!'

"Canibal", de Ivete Sangalo: "Um penacho na cabeça de uma tribo de paz/ Tocava tambor eu quero mais, eu quero mais..."

"Todo Dia Era Dia de Índio", de Tim Maia e Jorge Ben Jor: "Pois todo dia, toda hora, era dia de índio/Mas agora eles só têm um dia/ O dia dezenove de abril"

“A triste Índios” de Renato Russo e sua Legião Urbana: Quem me dera ao menos uma vez/Como a mais bela tribo/Dos mais belos índios/Não ser atacado por ser inocente"

"Cachimbo da Paz" de Gabriel O Pensador "Viu que todo cara-pálida vivia atrás das grades/ E chamou a TV e os jornais/ E disse: 'Índio chegou trazendo novidade, Índio trouxe o cachimbo da paz'

"Baila Comigo" de Rita Lee: "Se Deus quiser/ Um dia eu quero ser índio/ Viver pelado pintado de verde/ Num eterno domingo/ Ser um bicho-preguiça/ Espantar turista..."

“Brincar De Índio” de Xuxa – Vamos brincar de índio/Mas sem mocinho pra me pegar.../Venha pra minha tribo
Eu sou cacique, você é meu par.../Índio fazer barulho




FONTES




Livros que Viraram Filmes – Os Melhores Livros, Filmes e Autores


Vinci, O Caçador de Pipas, Alice no País das Maravilhas, À Espera de um Milagre e O Senhor dos Anéis.

O Diabo Veste Prada
Em 2006, Meryl Streep deu vida à temível Miranda Priestly no filme O Diabo Veste Prada, baseado no livro homônimo da escritora Lauren Weisberger, lançado em 2003. O longa, sobre as
aventuras de Andrea (Anne Hathaway) como secretária da famosa e severa editora da revista Runway conta também com Emily Blunt, Stanley Tucci e até uma participação de Gisele Bündchen!











O Código da Vinci
O romance policial do
escritor norte-americano Dan Brown deu o que falar quando chegou às livrarias em 2003. O mesmo aconteceu com o filme, protagonizado por Tom Hanks e Audrey Tatou, que chegou aos cinemas em 2006. Outro livro de Dan Brown também virou longa-metragem: Anjos & Demônios.


O Caçador de Pipas
Em 2007, o público mundial pode acompanhar a história O Caçador de Pipasnas telonas. O livro homônimo, escrito por Khaled Hosseini e lançado em 2003, serviu como base para a história cinematográfica de Amir, que se sente culpado por trair a amizade de Hassan após uma demonstração de lealdade do mesmo.


Alice no País das Maravilhas
O clássico de Lewis Carroll, datado de 1865, ganhou vida nos cinemas em 2010 com uma Alice (Mia Wasikowska) já crescidinha (e com 19 anos), mas ainda encarando personagens da história como o Chapeleiro Maluco (Johnny Depp), a Rainha Branca (Anne Hathaway) e a Rainha Vermelha (Helena Bonham Carter).


À Espera de um Milagre
Transformado em filme em 1999, o livro de Stephen King, lançado em 1996, fala sobre o relacionamento entre o chefe da guarda da prisão Paul Edgecomb (Tom Hanks) e o prisioneiro John Coffey, condenado à execução por ter supostamente matado duas meninas.


O Senhor dos Anéis

Demorou 47 anos para que o livro O Senhor dos Anéis ganhasse uma versão nas telonas. Escrito por J. R. R. Tolkien e lançado em 1954, o romance fantasioso chegou aos cinemas em 2001 com um elenco composto por nomes como Elijah Wood, Viggo Mortensen, Orlando Blom, Liv Tyler e Cate Blanchett.
Manias dos Escritores
Escritores que se tornaram clássicos têm algumas manias ao escrever um livro, veja:
Thomas Mann era super obsessivo com seus personagens, tanto, que criava até uma assinatura para eles.


Gabriel García Márquez precisa estar num quarto com uma temperatura determinada e tem que ter uma flor amarela na mesa, senão não senta para escrever. Sempre trabalha descalço e se não se sentir inspirado não escreve nada.

John Steinbeck escrevia com lápis redondos para não ferir os dedos.


Mario Vargas Llosa escreve todos os dias às 7 da manhã, pontualmente. É obsessivo com a ordem dos seus livros, que são organizados por temas, tamanhos, países e estão rodeados de hipopótamos.



Haruki Murakami acorda às 4 da madrugada e escreve por seis horas. Pela tarde corre 10 km ou nada 1500 metros, lê, escuta música e dorme às 9 da noite. Disse que segue essa rotina sem variações, como se fosse uma hipnose que o faz alcançar um profundo estado mental.


Henry Miller tinha mania de comodidade, que para ele era essencial. Se estivesse incômodo não conseguia escrever nada substancial.



Antonio Tabucchi só escreve em cadernos escolares.




José Saramago só escrevia duas folhas de sulfite por dia, nem uma linha a mais.





Norman Mailer seguia um esquema muito rígido de trabalho, só escrevia segunda, terça, quinta e sexta.




Pablo Neruda escrevia com tinta verde.



John Updike se passava por uma crise de criatividade, pensava no futuro, no seu livro numa biblioteca pública. Imaginava a cena com muitos detalhes e ganhava forças pra continuar a escrever.


Jorge Edwards aproveita qualquer papel, em qualquer lugar e anota todas as suas ideias.





Isabel Allende é muito supersticiosa, sempre faz simpatias antes de começar a escrever e só começa seus romances no dia 8 de janeiro. Acende uma vela e só escreve enquanto ela estiver acesa, se a vela apagar ela pára na hora e deixa tudo como estiver.




Ernest Hemingway escrevia com um pé de coelho no bolso.



Michael Chrichton era super obsessivo com seu trabalho, casou cinco vezes e uma das suas esposas reclamou que ele era super ausente, só pensava nos seus livros.



Isaac Asimov vivia para escrever, trabalhava todos os dias da semana, oito horas por dia, não existia feriado nem fim de semana pra ele. Escrevia 35 páginas por dia e só revisava seus trabalhos uma única vez.











Para que Literatura?













Vídeo produzido com base no artigo Para quê 
Literatura? de Olga de Sá, fala sobre a 
importância da literatura na vida do homem 
moderno!

FONTE



 

Aprendendo literatura




  A literatura tem acompanhado o ser humano, provendo-o com a ficção necessária para enfrentar os obstáculos da vida, bem como tentando responder aos seus questionamentos fundamentais. Além disso, como uma modalidade privilegiada de comunicação, possibilita a instauração do diálogo entre textos e leitores de todas as épocas. Essa permanência, por si só, legitima a escolarização da literatura, que se tornou uma disciplina regida por legislação pertinente. Na realidade um tanto conturbada do ensino médio, a literatura constitui uma modalidade de ensino engessada, de um lado, pelo vestibular, que justifica a presença da disciplina, bem como condiciona o conteúdo e a perspectiva de abordagem; e de outro, pelo fator humano – aluno e professor –cuja postura vai traduzir o interesse, o gosto e a freqüência a essa modalidade de produção cultural.
        A realização dessa modalidade de trabalho pressupõe uma investigação sobre a realidade do aluno, pois é fundamental para o professor conhecer não só os mitos e as crenças que perpassam o ambiente escolar, mas também a disponibilidade do jovem para encetar uma forma de estudo que possibilite ao educando desenvolver competências e habilidades. O conhecimento dessa realidade, oportunizando uma reflexão sobre esse nível de ensino, proporciona uma fundamentação consistente para a organização de projeto de ensino que contemple as necessidades do aluno e os objetivos do professor, no sentido de promover o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social do educando. Além disso, transmite ao jovem a idéia de que a educação é uma construção realizada pelo sujeito, e que uma das melhores maneiras de atingi-la é através do desenvolvimento da atitude de pesquisador em sala de aula. Também é fundamental a adesão do contexto escolar, a fim de propiciar não só condições materiais como o apoio e a aceitação para a realização do trabalho, visto que o espírito aberto constitui uma valiosa ferramenta do sucesso. Na medida em que aluno e professor se tornarem investigadores, e a sala de aula for vista como um laboratório, certamente haverá uma qualificação maior dos processos de ensino e aprendizagem e um aprimoramento mais significativo dos integrantes da realidade educacional.

Referências
COELHO, N.N. Literatura: São Paulo: Peirópolis, 2000.
GOLDMANN, L. Sociologia do romance. 3.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
PIAGET, J.; INHELDER, B. A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Artmed, 1999.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
ZINANI, C.J.A.; SANTOS, S.R.P. dos. Ensino da literatura: lugar do texto literário. In: ZINANI, C.J.A. et al. Transformando o ensino de língua e de literatura: análise da realidade e propostas metodológicas. Caxias do Sul, RS: Educs, 2002. arte, conhecimento e vida


A importância da Literatura no Ensino Médio


A leitura do texto literário no ensino médio é, sem dúvida, muito importante para o aluno nesta fase de sua formação escolar. O texto literário promove um encontro especial com a leitura, pois através do contato com a literatura o aluno descobre as múltiplas faces da linguagem, entra em contato com diferentes aspectos da Língua Portuguesa. Quanto maior for a diversificação dos textos literários apresentados aos alunos, maior será a experiência que ele terá com este universo de singular beleza, magia e emoção. Trabalhar a literatura em sala de aula é, antes de tudo, mergulhar num mundo de subjetividade e encantamento, um lugar mágico onde o aluno encontra a possibilidade de se descobrir, de se reconhecer, de se encontrar. Neste sentido a literatura passa a ser um convite a liberdade de expressão, onde os alunos podem expressar seus sentimentos, descobrir e compreender melhor suas próprias emoções.
A faixa etária dos alunos do ensino médio varia dos treze aos dezoito anos de idade, nesta fase o adolescente encontra-se emocionalmente vulnerável, e acaba sendo influenciado diretamente pelo poder de persuasão da mídia, dos amigos, dos preceitos consumistas, deixando levar-se, na maioria das vezes, pelas falsas ideologias. Trata-se de uma fase radical na vida do aluno, haja vista, que neste período de sua vida, o educando passa a formar uma concepção de mundo, busca afirmar sua personalidade perante os pais, os professores e, principalmente, aos amigos. O adolescente quer ser livre e independente, isso acaba gerando conflitos em casa, e também na escola. A indisciplina é uma marca registrada nesses casos, pois nesta fase, os alunos buscam chamar a atenção para si. 
Neste sentido, abro alas para a literatura entrar em sala de aula, pois inúmeros são os benefícios da literatura, da linguagem poética. Lembrando que a linguagem conotativa do gênero literário permite ao aluno manifestar suas inquietações psíquicas de maneira saudável e inteligente. Assim, a família em parceria com a escola, deve favorecer ambientes de leitura e produção de textos literários, pois assim será possível influenciar positivamente o aluno na busca pela sua identidade, apresentando a literatura como uma maneira de ele se comunicar com o mundo a sua volta. 
A formação de leitores de textos literários no ensino médio é, não há dúvida, um grande desafio, as vantagens e os benefícios da literatura para a formação do aluno são incontáveis. Os gêneros literários oferecem assim, a oportunidade de levar até o adolescente um mundo onde ele, o aluno, poderá encontrar verdadeiramente a liberdade por ele tão almejada. 
A influência que o professor exerce no aluno deve ser utilizada de maneira positiva. Se pretendemos formar leitores, precisamos, antes de tudo, sermos assíduos leitores. Ninguém dá o que não possui, ninguém ensina o que não conhece!





FONTES

http://www.suapesquisa.com/literatura/
http://www.youtube.com/watch?v=A0_STXPaNz0&feature=related